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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Problemas e defeitos da eletrosserra motosserra elétrica Lynus, Macrotop e similares

Comprei uma Lynus/Macrotop modelo MEI-2200 em 2015 e posso afirmar em 2022 quais são os defeitos mais comuns que ela apresentou ao longo desses 6 anos de uso bem esparso. Este ano a motosserra “morreu” de vez. O motor queimou finalmente e não valia a pena consertá-lo pois só o induzido custa mais do que o aparelho.

- Desde nova é uma motosserra que sempre esquentou muito, saia fumaça e parava de repente. Tive que abrir buracos na carcaça para ajudar a refrigeração. O problema minimizou, pois só a partir daí consegui ganhar tempo de uso na carga demandada pelo corte.

- Desde nova essa motosserra sempre vazou óleo. Tive que desmontá-la para colocar abraçadeiras nos terminais das mangueirinhas e vedar a saída do tanquinho de plástico.

- No último ano de uso notei que a corrente estava cada vez mais seca e o óleo não gastava. Desmontei a motosserra e descobri que tinha pifado a bomba de óleo. Não encontrei no mercado uma bomba idêntica de reposição. Aí tive que apelar para a gambiarra. Com um frasco de coca-cola pequeno construí um reservatório externo de óleo. Depois de vários ajustes e reprojetos, finalmente a coisa funcionou até que melhor do que o original. Infelizmente o meu constructo não foi de muita valia porque um mês depois a Lynus abriu o bico, ou melhor, começou a queimar os carvões incontrolavelmente.

- Depois de abrir pela última vez, constatei o defeito de origem, que provavelmente veio com a elerosserra desde nova: o rolamento do eixo do motor na altura do coletor estava pifado. Se eu tivesse descoberto isso logo no início e trocado todos os rolamentos, talvez ela não tivesse queimado. São suposições, pois essas marcas chinesas de baixo custo são de um controle de qualidade assombrosamente ruim.

- Empiricamente eu sabia que havia alguma coisa errada porque a corrente apresentava uma certa resistência a girar livremente. É lógico, quando aquecia durante o funcionamento, a fricção aumentava bastante e provocava fumaça.

- Não considero, naquela data, que o valor pago tenha sido pouco, quase 600 reais comprada numa loja aqui da cidade. Hoje, por um pouco mais de 300 reais você compra uma Siga Tools, SA Tools, Nakasaki, Nagano e muitas outras com o mesmo nível de qualidade. Dessa Lynus as únicas coisas que duraram foi a corrente e o sabre, ambos da marca Orion. Algumas chinesas do mercado, nem isso têm, algumas vêm até com corrente cega desde nova.

Depois de muito sofrimento, agora estou partindo para duas Makitas, uma eletrosserra robusta (UC4041A) para trabalhos mais pesados e uma pequena a bateria (Duc254zc) para realizar podas e subir em árvores para cortar galhos.

sábado, 7 de outubro de 2017

Por que você detona as suas costas no carrinho de mão?

Autor:
Esta ilustração que achei num fabricante de carrinho de mão multifuncional ajuda a explicar porque terminamos arruinando as costas depois de um dia trabalhando com este tipo de ferramenta.

E a explicação é muito simples, nos carrinhos tradicionais, a roda suporta cerca de 2/3 do peso total, enquanto a nossa coluna responde pelo terço restante. E tudo isso acontece porque o centro de gravidade é excessivamente avançado em relação à carga.

Conclui-se que o desenho de carrinho que menos onera o nosso corpo é aquele em que a roda, ou rodas, estão posicionadas embaixo do veículo, ou seja, o centro de gravidade é puxado para o meio da carga.

Naturalmente, que com isso se perde alguma coisa e a perda é na forma de aumento da altura nos carrinhos do tipo jirica de uma ou duas rodas, fato que aumenta a altura necessária para o abastecimento.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Qual é a melhor lubrificação para o interior do mandril, graxa ou óleo?

Autor:

Tenho um martelete rotativo GBH 2-24 DF da marca Bosch e sempre usei alguma lubrificação que o manual indica, só que o manual é omisso quanto ao tipo de lubrificação. Graxa ou óleo?

Se formos ver que a ponta das brocas SDS plus devem ser lubrificadas com graxa, segundo o manual, então induz-se que o mandril também deva ser lubrificado com graxa. A opção pela graxa decorre da observação de como a furadeira trabalha, produzindo elevada temperatura durante o trabalho, fator que espirraria inteiramente qualquer óleo lubrificante.

Intuitivamente tenho usado a graxa branca náutica de sabão de lítio com muitos bons resultados, até que achei essa dica neste site que confirma o meu uso:
http://www.directindustry.com/pt/prod/fuchs-lubrifiant-france/product-12077-1692013.html

Algumas dicas interessantes sobre manutenção de mandril são ditas pelo pessoal da Bosh:
https://mbasic.facebook.com/boschferramentas/photos/a.160296144108381.36512.160193424118653/222179091253419/?type=1

Só não vale usar o WD-40 como um cara afirmou, pois a sua ação solvente não é nada saudável para a futura lubrificação. É uma pena o que o funcionário da Bosch revela: a graxa original que vem junto com o mandril não existe no mercado para reposição, ou seja, o freguês tem que se virar por si mesmo para conseguir aumentar a durabilidade do produto - talvez lutando contra os interesses descartáveis da indústria.

Aliás, a dúvida entre graxa não deveria existir se pensarmos que o uso de QUALQUER lubrificante é melhor do que nenhum, pois ele permite o escoamento dos inimigos mortais das peças móveis do mandril, que são o pó de concreto e pó de pedra.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Por que devo usar máscara respiratória quando estou soldando?

Imagem tragicômica de soldador de portão, que via de regra não usa EPI algum.
Autor:
O vídeo abaixo serve principalmente para aqueles que soldam em ambientes fechados. Todavia, que solda na rua, como eu, também se ressente com as partículas metálicas e fumos tóxicos emitido pelo processo de soldagem. A coisa se torna evidente quando você leva em conta que com frequentemente tem que parar o serviço para limpar o filtro da máscara de solda.

Ora, aquele fumo brabo que empesta a máscara acaba indo parar no fundo dos nossos pulmões. Sinto até um gosto salgado na boca quando recebo por dentro da máscara de solda as lufadas de fumaça.

Graças a esse oportuno vídeo do Messias, passarei a usar máscara respiratória, além de todos os EPI recomendáveis é claro. A propósito, para essa atividade, a especificação da máscara, tanto a permanente que o Messias usa, quanto as descartáveis é a PFF2.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Posso usar Soprador Térmico em manta asfáltica?

Autor:
O jeito correto de aplicar manta asfáltica é com maçarico, evidentemente. Contudo, o maçarico se revela bastante trambolhoso quando se trata de reparos.

É o meu caso, o telhado da minha casa tem pouco caimento e foi todo coberto com manta asfáltica em cima da telha francesa. Este tipo de solução foi adotado porque as telhas foram assentadas diretamente no cimento em cima da chapa. Ou seja, não havia condições de reparar as telhas rachadas.

Devido ao baixo caimento, acumula muita sujeira e começam a nascer plantas nos pequenos rasgos que vão surgindo na manta. Eu fazia os remendos usando um maçarico, mas dava um trabalhão ficar ligando e desligando, ainda mais que o meu não é automático. Aí, pensando em agilizar o serviço, há alguns meses comprei um soprador térmico Dewalt, com uma das grandes finalidades de me ajudar nos remendos do telhado.

Somente hoje consegui usá-lo como pretendia e os resultados foram absolutamente convincentes! Usei o bico estreito e comprido, com soprador térmico na temperatura máxima e consegui colar perfeitamente pedaços de manta asfáltica nos furos ocupados pelas plantas. Logicamente, seria absurdo usar um soprador para colocar grandes pedaços de manta asfáltica, mas fazer essas pequenas manutenções além de possível, torna-se muito menos trabalhoso.

Em tempo; tinha pesquisado na internet sobre o uso do soprador térmico para esquentar manta asfáltica e não obtive nada muito esclarecedor. Mesmo assim, resolvi comprar o soprador porque tinha vários outros biscates em mente se a coisa falhasse, mesmo assim não teria sido compra em vão. Até hoje não consegui aplicar a ferramenta no objetivo inicial, que era retirar vidro (para amolecer massa de vidraceiro petrificada) de esquadria de ferro, ainda mais porque desistimos da retirada das esquadrias de dentro de casa.

Método infalível para desemperrar peças metálicas sem quebrar

Autor:

Sabe aqueles parafusos enferrujados que não se movem nem com reza braba? Selins de bicicleta, discos de esmerilhadeira, dobradiças e outas tantas partes metálicas atacadas por ferrugem podem ser desemperradas, destravadas, soltas usando este método infalível.

Um dia fui numa loja de ferramentas comprar um WD-40, mas o vendedor perguntou se eu não queria experimentar duas soluções distintas bem mais efetivas do que o famoso tudo-em-um, ambas da Loctite, um desengraxante e um desengripante. Aceitei a sugestão e não me arrependi!

Então o método consiste em passar uma boa camada do Loctite Solvo Rust, esperar alguns minutos e tentar mover a peça engripada. Se não funcionar, pegar o soprador térmico e jogar ar quente em cima, de preferência usando o bico menor concentrador. Espere esfriar, para dar tempo aos metais de se contraírem e tente de novo separá-los.

Não funcionando, repita o processo novamente e eu te garanto que ao cabo de uns 3 ciclos de desengripa-aquece-esfria, o emperramento vai ceder.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Dicas para soldar cromoly com MIG sem gás, ou como soldar manteiga sem derreter tudo!

Autor:
Enfrentei o problemão de ter de soldar o trilho do selim da minha bicicleta. Não porque havia quebrado, mas porque serrei o nariz do dito cujo e tive que serrar a ponta do trilho (Uma tentativa insana de criar meu próprio selim sem bico). Então, na frente soldei um pequeno pedaço de metal de aproximadamente uns 2 cm. Como na parte de trás (suporte dos coxins) não havia ligação, soldei um prolongamento de aço de mais ou menos o diâmetro.

O problema das soldas pequenas é que elas dão mais trabalho do que as grandes e lidar com esse danado do cromoly é como soldar manteiga. Felizmente, alcancei o objetivo sem derreter a coisa toda. Da experiência ficaram algumas lições:

- O cromoly derrete com uma facilidade estonteante, por isso é bom fixa-lo num negócio que dissipe o calor. Sem saber disso, fixei as peças a serem soldadas num torno, o que facilitou a dissipação.

- O último ponto de solda, que tive de fazer no dia seguinte por causa da chuva, foi bem pior, quase derreteu a ponta da barra do cromoly, porque não houve boa dissipação do calor.

- Não tem como correr a solda. A soldagem tem que ser rápida, só no local da junção.

- Usei na potência máxima da V8 Brasil 150BR, tinha que ter usado um ponto a menos. Usei o arame 0,8, acho que teria sido melhor com o 0,6.

- Devido à liga do cromoly conter muito cromo e molibdênio, a solda tem a tendência de formar bolhas.

- Não se deixe enganar pelo aspecto branquicento do cromoly, é bom dar uma lixada ou esmerilhada com escova de aço antes para tirar a oxidação.