Autor: Isaias Malta
Enfrentei o problemão de ter de soldar o trilho do selim da minha bicicleta. Não porque havia quebrado, mas porque serrei o nariz do dito cujo e tive que serrar a ponta do trilho (Uma tentativa insana de criar meu próprio selim sem bico). Então, na frente soldei um pequeno pedaço de metal de aproximadamente uns 2 cm. Como na parte de trás (suporte dos coxins) não havia ligação, soldei um prolongamento de aço de mais ou menos o diâmetro.
O problema das soldas pequenas é que elas dão mais trabalho do que as grandes e lidar com esse danado do cromoly é como soldar manteiga. Felizmente, alcancei o objetivo sem derreter a coisa toda. Da experiência ficaram algumas lições:
- O cromoly derrete com uma facilidade estonteante, por isso é bom fixa-lo num negócio que dissipe o calor. Sem saber disso, fixei as peças a serem soldadas num torno, o que facilitou a dissipação.
- O último ponto de solda, que tive de fazer no dia seguinte por causa da chuva, foi bem pior, quase derreteu a ponta da barra do cromoly, porque não houve boa dissipação do calor.
- Não tem como correr a solda. A soldagem tem que ser rápida, só no local da junção.
- Usei na potência máxima da V8 Brasil 150BR, tinha que ter usado um ponto a menos. Usei o arame 0,8, acho que teria sido melhor com o 0,6.
- Devido à liga do cromoly conter muito cromo e molibdênio, a solda tem a tendência de formar bolhas.
- Não se deixe enganar pelo aspecto branquicento do cromoly, é bom dar uma lixada ou esmerilhada com escova de aço antes para tirar a oxidação.
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