Pesquisar este blog

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Dicas para soldar cromoly com MIG sem gás, ou como soldar manteiga sem derreter tudo!

Autor:
Enfrentei o problemão de ter de soldar o trilho do selim da minha bicicleta. Não porque havia quebrado, mas porque serrei o nariz do dito cujo e tive que serrar a ponta do trilho (Uma tentativa insana de criar meu próprio selim sem bico). Então, na frente soldei um pequeno pedaço de metal de aproximadamente uns 2 cm. Como na parte de trás (suporte dos coxins) não havia ligação, soldei um prolongamento de aço de mais ou menos o diâmetro.

O problema das soldas pequenas é que elas dão mais trabalho do que as grandes e lidar com esse danado do cromoly é como soldar manteiga. Felizmente, alcancei o objetivo sem derreter a coisa toda. Da experiência ficaram algumas lições:

- O cromoly derrete com uma facilidade estonteante, por isso é bom fixa-lo num negócio que dissipe o calor. Sem saber disso, fixei as peças a serem soldadas num torno, o que facilitou a dissipação.

- O último ponto de solda, que tive de fazer no dia seguinte por causa da chuva, foi bem pior, quase derreteu a ponta da barra do cromoly, porque não houve boa dissipação do calor.

- Não tem como correr a solda. A soldagem tem que ser rápida, só no local da junção.

- Usei na potência máxima da V8 Brasil 150BR, tinha que ter usado um ponto a menos. Usei o arame 0,8, acho que teria sido melhor com o 0,6.

- Devido à liga do cromoly conter muito cromo e molibdênio, a solda tem a tendência de formar bolhas.

- Não se deixe enganar pelo aspecto branquicento do cromoly, é bom dar uma lixada ou esmerilhada com escova de aço antes para tirar a oxidação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário