Autor: Isaias Malta
Enfrentei este dilema, entre comprar uma inversora MMA, ou uma máquina transformadora de solda de arame revestido. Acabei optando pela robustez, simplicidade e confiabilidade, ao invés de tentar a sorte na atratividade das inversoras, apesar dos preços bem tentadores. Para aqueles que estão enfrentando tal dilema, preparei uma série de dúvidas que me fizeram pender para um lado da equação.
- Quando não se pode garantir que a máquina não sofrerá impactos ou quedas
Por se tratar de um amontoado de placas eletrônicas fragilíssimas, basta uma queda para danificar seriamente a máquina. Se a sua rotina de trabalho é cheia de trancos e barrancos, uma inversora irá realmente sofrer.
- Quando o seu objetivo de vida é manutenção simples, rápida e barata
A manutenção de uma fonte transformadora ou retificadora de solda qualquer “zé da esquina” faz, aliás, você mesmo pode (deve) meter a mão. Já as inversoras lidam com microprocessadores, fontes chaveadas e centenas de outros componentes eletrônicos que exigem assistência técnica especializada. Por outro lado, nem sempre há esquemas elétricos disponíveis e os fabricantes relutam em fornecer componentes individuais de reposição, quando acontece, só fornecem as placas inteiras, detalhe que via de regra inviabiliza a manutenção. Pelas experiências relatadas, descobre-se que as máquinas inversoras postas aí no mercado são praticamente descartáveis, aconteceu algum problema e o orçamento estoura o preço de uma nova.
- Quando o aquecimento é um problema
Uma reclamação comum entre os usuários de inversoras é o quanto elas esquentam durante o trabalho. Portanto, preste atenção no fator de trabalho do seu modelo pretendido antes de comprar, já que algumas disponibilizam ciclo de trabalho de 15% na corrente máxima. Isto significa que você só consegue manter o arco durante um minuto e meio e depois destinar um período para o resfriamento. Certamente num trabalho profissional tal valor é inaceitável.
- Quando a rede elétrica é uma porcaria
Surtos de tensão/corrente são especialmente danosos às máquinas inversoras de solda. Para evitar que a sua inversora “fume” por causa de uma flutuação brusca na rede, se ela não tiver circuitos de proteção contra sobrecarga, você mesmo deverá providenciar alguma prevenção. Podem ser empregados os mesmos dispositivos usados em motores, tais como disjuntor eletro-magnético ou chave contatora.
- Quando há sérias intenções de usar a inversora com gerador
Antes de embarcar nesta aventura, pesquise bem as especificações técnicas do modelo de inversora pretendido e do gerador que você tem ou vai adquirir. A incompatibilidade entre esses equipamentos é muito frustrante. Muitos inversores não funcionam com certos tipos de geradores quando não possuem boa tolerância a variações de tensão e corrente. O ideal é que o fabricante da inversora forneça as especificações de banda em percentual de tolerância às variações produzidas pelo gerador, isso quando a inversora suporta ser alimentada por tal dispositivo. As especificações do gerador também devem atender às demandas de uma máquina de solda, tudo isso deve ser pesquisado previamente.
- Quando o seu problema é confiabilidade
Na qualidade de um amontoado de centenas de componentes eletrônicos falíveis, uma inversora de solda para ter algum grau de confiabilidade deve trazer no pedigree rigorosos padrões de qualidade empregados na linha de montagem. Ora, isso significa uma diferença entre 300 e 1500, ou seja, um incremento de custo de 5 vez mais numa máquina com procedência garantida.
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