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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Aprendendo a soldar com arame 0,6 mm MIG sem gás

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Não sei porque, mas mal tinha comprada a máquina de solda na loja e fui comprar consumíveis também, e o vendedor me convenceu a levar um rolo de arame 0,6 mm, além do 0,8 que eu queria.

Findado o rolo de 0,8 mm que veio com a máquina V8 Brasil MIG 150BR, resolvi experimentar a tal bitola 0,6. Aí é que a cobra fumou! Depois de ter gasto 1 kg de arame, pensei que já sabia soldar, mas as aparências enganam, já que o 0,6 apresenta desafios bem mais desafiadores.

Hoje, se perguntassem se eu compraria novamente o 0,6 mm a resposta seria não. Acho que dá perfeitamente para fazer todo o serviço caseiro com o 0,8 mm, desde que você não vá soldar chapa de carro ou outros tipos de chapas finas.

Então, deixo aqui alguns resultados do meu aprendizado inicial com o endiabrado 0,6 mm tubular:

- minha máquina tem 6 regulagens de potência; não houve proposta de usar nas regulagens 6 e 5, pois queima muito a solda, gera muita escória. Tenho usado na potência 4 no máximo, pois percebe que a bitola menor deste arame redunda em maior derretimento, ou seja, você tem de esquecer todas as regulagens que davam certo com o arame 0,8 mm – a velocidade do arame não altera muito, fica perto do máximo, senão começa a pipocar. Como a regulagem de potência e velocidade do arame é a parte mais importante no processo MIG, conseguir a dosagem exata com o arame 0,6 mm é a fórmula para não atirar o rolo fora;

- veja bem, tive o cuidado de comprar um bico de 0,6 mm (consumível que não acompanha a máquina) antes de instalar a nova bitola, aliás, troquei bocal e porta-bico, não porque estivessem imprestáveis, mas para me garantir de iniciar o uso com uma tocha semi-nova, só ficaram mesmo o conduíte e a minipistola. Usarei novamente as peças originais quando retornar ao arame 0,8 mm;

- é difícil o arame não trancar no bico pelo menos uma vez. Como o tracionador de arame da máquina se comporta muito bem, ele não tem embolado*, só fica derrapando na roldana. Para combater este contratempo é bom tomar 2 providências: a) quando passar líquido anti-respingo na tocha, antes da primeira soldagem, é bom fazer um movimento de vai-e-vem no arame para checar se ele está travado; b) antes de qualquer soldagem é recomendável repetir o processo, porque quando a coisa engrena, tem a tendência de não emperrar mais;

- as soldagens ficam mais finas, isso significa mais trabalho para reforçar as soldagens em materiais mais grossos.

* Eu não acreditava nessa coisa do arame trancar e embolar com o diâmetro 0,6 mm. No post anterior coloco um vídeo dum camarada apanhando feito boi ladrão com o tal arame 0,6 embolando no alimentador. Agora constato que isso é zica típica dessa bitola, que acontece exclusivamente no arame tubular. Quando o soldador do vídeo usa o 0,6 mm convencional para solda com gás na sua máquina, não enfrenta qualquer problema.

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